O coração de Maria é, antes de tudo, um coração em saída — um coração que escuta, acolhe e se move. Desde o momento da Anunciação, Maria vive a missão não como uma tarefa imposta, mas como uma resposta amorosa ao chamado de Deus. “Eis aqui a serva do Senhor” (Lc 1,38) é mais do que uma frase de humildade: é o início de um caminho missionário. Ao dizer “sim”, Maria abre-se para o outro, permitindo que o Verbo se faça carne e venha habitar entre nós.
Logo após receber o anúncio do anjo, Maria “partiu apressadamente” para visitar sua prima Isabel (Lc 1,39). Este gesto revela a essência da espiritualidade missionária mariana: a pressa do amor, o impulso de servir, o desejo de levar a presença de Deus onde Ele é necessário. Maria não espera ser procurada — ela vai ao encontro. Sua missão começa no lar, mas se estende para além das fronteiras da própria casa. Ela leva Jesus no ventre, e, ao chegar, o simples som de sua saudação faz João Batista exultar no seio de Isabel. Assim é o missionário: leva Cristo consigo e o transmite pela presença, pela voz, pelo amor silencioso.
O coração missionário de Maria é também um coração contemplativo e fiel. Ela guarda tudo no coração (Lc 2,19), medita, reza, confia. A missão não a isenta da dor — ao contrário, a conduz até os pés da cruz. Mas ali, mesmo na escuridão, Maria permanece. Ser missionário é também permanecer: quando as palavras cessam, quando os frutos parecem escassos, o coração deve continuar firme no amor, como o de Maria.
Hoje, quem se dedica à missão — seja nas comunidades, nas ruas, nas redes, nas famílias ou em terras distantes — encontra em Maria um modelo de entrega e ternura ativa. O missionário, como ela, é chamado a levar Cristo aos outros, não apenas com palavras, mas com o testemunho de um coração que ama e serve. O Coração de Maria nos ensina que a missão nasce da escuta e se realiza no amor, que evangelizar é também abraçar, consolar, acompanhar.
Que cada missionário, ao olhar para Maria, descubra que a verdadeira força da missão não vem do muito fazer, mas do muito amar. E que o Coração de Maria continue a pulsar no coração da Igreja, inspirando todos a viver a missão como ela viveu: com fé, prontidão e ternura.
Pe. Luís Erlin, CMF
O coração de Maria é, antes de tudo, um coração em saída — um coração que escuta, acolhe e se move. Desde o momento da Anunciação, Maria vive a missão não como uma tarefa imposta, mas como uma resposta amorosa ao chamado de Deus. “Eis aqui a serva do Senhor” (Lc 1,38) é mais do que uma frase de humildade: é o início de um caminho missionário. Ao dizer “sim”, Maria abre-se para o outro, permitindo que o Verbo se faça carne e venha habitar entre nós.
Logo após receber o anúncio do anjo, Maria “partiu apressadamente” para visitar sua prima Isabel (Lc 1,39). Este gesto revela a essência da espiritualidade missionária mariana: a pressa do amor, o impulso de servir, o desejo de levar a presença de Deus onde Ele é necessário. Maria não espera ser procurada — ela vai ao encontro. Sua missão começa no lar, mas se estende para além das fronteiras da própria casa. Ela leva Jesus no ventre, e, ao chegar, o simples som de sua saudação faz João Batista exultar no seio de Isabel. Assim é o missionário: leva Cristo consigo e o transmite pela presença, pela voz, pelo amor silencioso.
O coração missionário de Maria é também um coração contemplativo e fiel. Ela guarda tudo no coração (Lc 2,19), medita, reza, confia. A missão não a isenta da dor — ao contrário, a conduz até os pés da cruz. Mas ali, mesmo na escuridão, Maria permanece. Ser missionário é também permanecer: quando as palavras cessam, quando os frutos parecem escassos, o coração deve continuar firme no amor, como o de Maria.
Hoje, quem se dedica à missão — seja nas comunidades, nas ruas, nas redes, nas famílias ou em terras distantes — encontra em Maria um modelo de entrega e ternura ativa. O missionário, como ela, é chamado a levar Cristo aos outros, não apenas com palavras, mas com o testemunho de um coração que ama e serve. O Coração de Maria nos ensina que a missão nasce da escuta e se realiza no amor, que evangelizar é também abraçar, consolar, acompanhar.
Que cada missionário, ao olhar para Maria, descubra que a verdadeira força da missão não vem do muito fazer, mas do muito amar. E que o Coração de Maria continue a pulsar no coração da Igreja, inspirando todos a viver a missão como ela viveu: com fé, prontidão e ternura.
Pe. Luís Erlin, CMF